quarta-feira, 24 de março de 2010

Mancada "de quatro"

Estava eu no ônibus, até que uma amiga liga.


Ela falou que estava no cinema, com o paquerinha dela. Como eu queria saber se mais um casal amigo estava com eles, soltei essa ...(eu estava em pé, falando alto, dentro do ônibus lotado):

-E vocês estão de QUATRO?

:O

Senti que as pessoas me olharam beeeem diferente. Meu namorado já estava roxo de vergonha.
Logo que percebi a besteira, pra tentar remendar, falei:

- Quer dizer, DE CASAL?!

Acho que também não ajudou muito...

Bota a mão na cabeça que vai começar... o vergonhation


Ossos do ofício: hoje fui trabalhar no Aniversário do Caldeirão. (uuuuiii)
Função: produzir uma matéria com a banda "do momento", Parangolé, responsável pela "magnífica" Rebolation - aquela música ótima, que todo mundo conhece e que tem uma letra fascinante:
"Rebolation, tion, rebolation. No rebolation, tion, rebolation... Rebolation é bom bom! Rebolation é bom bom bom... se você quiser fica melhor! Bota a mão na cabeça que vai começar..."

Engraçado é que chamei uns fãs pra cantar o hit e uma menina disse: "Olha, eu só sei cantar o refrão".
Como assim??? Ela achava que tinha outra coisa além disso?!?! Claro, cantou a música toda, sem nem sentir.

Como sou um pouco out desse universo, paguei mico.
Chegou a van com a galera do grupo. Eu corri pra frente e começaram a descer milhares de caras com um figurino esvoaçante. Prontamente, fui até um deles, me apresentei e disse:
- Vocês são os dançarinos da Parangolé, neh?!

Com uma cara de muita raiva, o cara me olhou com o rabo do olho e soltou:
- Não! Somos os músicos!!

Eu fiquei tão errada que ainda completei, como se não tivesse escutado o que ele disse:
- Ah! O vocalista vem na outra van com a banda, eh?!

O carinha do lado não se segurou, deu um risinho com a mão na boca, enquanto o outro disse, com ainda mais raiva:
- NÓS somos a BAN-DA! Ele vem depois com as dançarinas.

Pedi licença e corri dali, neh!? Porque me botam pra fazer essas coisas?!

O simulador de orgasmos

A história é antiga, mas tem tudo a ver com este espaço, por isso vou publicá-la - mesmo porque há muitos pedidos para isso...

Estava eu vendo o meu e-mail do gmail, quando recebi uma mensagem de uma amiga com o assunto: "Simulador de Orgasmo". Logo, pensei: "Eita, a cara dela mandar essas putarias!" E, prontamente, abri para ver o que era. Eis que o e-mail estava meio estranho, então preferi não seguir em frente e o descartei. (No momento em que lia esta mensagem, meu outro e-mail, o hotmail, que usava para trabalho, também estava aberto).
Saí de casa um tempo depois, quando meu celular tocou:
- Namorada?! Tais abrindo simulador de orgasmo, eh?! Isso é vírus! Mandasse pra mim do teu hotmail!
- Eu num mandei e-mail nenhum do hotmail não, muito menos vírus! - Falei eu na agonia normal de quando estou no trânsito.
Cheguei em casa e fui novamente ao computador. Achei estranho ele ter dito que mandei do hotmail, já que havia recebido o "simulador" pelo gmail. Mas sim! A PORRA do hotmail, sem nenhuma imunidade, adquiriu o vírus recebido pelo gmail e enviou para TODOS, digo TODOS, os meus contatos.
E lembrem-se: eram meus contatos PROFISSIONAIS. Assim, toda a imprensa pernambucana presente no meu mailing recebeu o simulador de orgasmos e eu, muito provavelmente, devo ter sido retirada da lista de muitos jornalistas ou, no mínimo, conhecida por eles como a menina que tentou abrir o "simulador de orgasmos".
Eu mereço...

Seria trágico, se não fosse cômico

Todo lugar tem daquelas pessoas que chegam para conversar, contar da vida, mesmo sem lhe conhecer, né?! Pode ser no ônibus, fila de banco, de banheiro público e até no teatro.

Estávamos eu, meu namorado, João, e um amigo sentados à espera do show, da segunda cultural, no Teatro do Parque. Até que sentou uma senhora atrás da gente. Ela tinha uns 60 e poucos anos, meio loura e usava um óculos com armação preta, fundo-de-garrafa. Meio alto, ela perguntou:
- Psiiuuuu... que horas começa isso aqui, hein!?
Meu namorado, muito educado, respondeu:
-Está marcado para às 19h, já deve estar começando.

Quando ele ia se virando a senhora começou sua história...
-Ói, meu filho, eu tô aqui com tanta raiva. Meu cachorro morreu! Um cachorro matou o outro, na casa da PROSTITUTA da minha irmã. Tô tão revoltada que não quero mais falar com essa puta. Eu mandei meu sobrinho dar o cachorro, mas o filho da puta não deu!

Comecei a rir. Até tentei me controlar, mas sou péssima para isso. Meu namorado, não sei como, conseguia escutar o lamento da senhora de forma imparcial e, ainda por cima, aconselhando:
- Fique assim não...
- Fico! Ele era louco por mim! Ficava do meu lado, me beijando.
Até que, de forma nostálgica, a senhora relembrou um fato... particular.
-Uma vez eu fiquei nua e ele lambeu a minha bunda.
Comecei a chorar! Ria tanto que tive medo que aquela senhora insana percebesse e me desse, no mínimo, um peteleco na orelha. Meu namorado se manteve concentrado no drama e continuou a conversa:
- Que raça ele era?
- Um miniatura. Tão lindo, tão pequenininho. O outro é um grandão.

Ela silenciou e ficou pensativa. Depois de um tempinho, falou para João:
- Ô moço, eu acho que vou mimbora.
- Vá não, fique. A senhora vai sair mais feliz daqui.
- Num é melhor eu ir pra casa ver televisão não?
- Não, aqui a senhora vai se distrair.
- É que eu tô tão revoltada, olhe... Antes num tinha distração nenhuma, agora que ele foi assassinado tá "assim" (fazendo aquele gesto de "muito"). A vida é assim pra mim, um aperreio. Eu não posso ter raiva por causa do câncer.E o cachorro sofreu tanto, uma morte tão feia, foi assassinado!

Ela parou de falar. Eu já estava quase recuperada quando a banda sinfônica subiu ao palco. Até que apareceu o maestro, que é anão. Ok, até aí tudo bem, não fosse a senhora abrir a boca para, encantada com aquele regente, comentar:
- Vixi que coisa mar linda! En, en, rapaz, que coisinha linda. Tudo que é pequenininho eu gosto.


Acho que ela lembrou do cachorro.
Minha gente, eu juro que não queria rir nem do cachorro, nem do maestro, mas com as colocações dessa senhora ficou impossível.

Mera desatenção


Era uma terça-feira à tarde. Chicó estava com um pelo horroroso, grande, todo maltratado. Me deram, então, a "missão" de levá-lo para cortar o cabelo. Deixei ele lá e me alertaram que "lá pras quatro horas" eu fosse buscá-lo. "Mas dá uma ligadinha antes", me pediu a atendente.


Fiz uma horinha na casa da minha avó e, pontualmente às 16h, liguei para o pet shop. A atendente me garantiu que Chicó estava pronto, então corri para pegar ele - quanto menos tempo deixar o bichinho naquelas gaiolinhas, melhor, neh!? Aquilo é horrível, coitado.


Quando cheguei, desci para pegar. Só que o tosador ainda estava secando. Ele estava LINDO! Fiquei do lado de fora, olhando e babando como o caozinho estava tããão fofo. Do vidro, comecei um "diálogo" com Chicó - com direito a caras e bocas!


- Tais tão fofo, nêgo. Coisa linda!


Ele me retribuía com aquela carinha que cachorro faz quando está tentando entender alguma coisa - ou quando acha que o dono está fazendo papel de ridículo.


O tosador percebeu minha presença do outro lado do vidro. Deu uma olhadinha de relance e continuou a secar o cachorro. Até que, de repente, uma mão, do lado de dentro, bate no vidro. Um outro tosador chama a minha atenção e diz, com um leve sorriso no rosto:


- Ei... Esse aí não é Chicó não! Chicó está pronto, pode entrar pra pegar ele ali.

(vergonha)

- É o sósia, né?! (sim, ainda fui obrigada a escutar isso!)

Peguei Chicó. Olhei para o outro cachorro, olhei pra ele - até ter certeza de que era o cachorro certo - e saí dali o mais rápido que pude.


O constrangimento de um exame de fezes




Fazer um exame de fezes é uma situaçãozinha desagradável, né?! Quando o médico lhe receita você pensa logo: "puta que pariu, que merda!" (literalmente). Porque convenhamos que expor uma coisa assim tão... profunda não é tarefa das mais fáceis.
Conversei com algumas pessoas e percebi que cada um tem uma maneira de fazer o exame. Os que têm boa mira e a bosta bem controlada cagam direto no potinho (conseguem parar no meio do ato para deixar a quantidade certa no frasco).
Outros derrubam o barro no jornal e, com ajuda de alguma coisa (DESCARTÁVEL!), pegam a "amostra" e colocam no recipiente.
Agora me digam: e se a pessoa tiver com diarreia, o que é que se faz?
A hora de levar a merda ao laboratório é outra situação delicada. Você está com seu cocozinho fedorentinho no potinho, coloca num saco plástico daqueles bem estampados para disfarçar o conteúdo (mero efeito psicológico, já que todo mundo sabe que você carrega merda ali), e segue naturalmente. Aí na hora de entregar no guichê a FILHA DA MÃE da atendente vem com essa:
- Retira do saco e coloca aqui em cima, por favor.
POR QUÊ? Me expliquem!! Só pode ser de propósito, né?! Custava ela ser solidária ao seu constrangimento? Eu, hein!? Sei não...
Então você, com cara de quem acha aquilo super natural, obedece. Ou então finge que não escutou e entrega na mão dela, para ela deixar de ser sacana.
Você deve estar lendo isso aqui e se identificando, claro! Afinal, todo mundo um dia já fez exame de fezes. Então me conta: qual a sua tática pra fazer bem feito? Dou um rolo de papel higiênico pra quem contar aqui pra gente!

Cara de pau, indiscreta e desastrada

Aí estão 3 coisas que me caracterizaram ontem.


Cheguei no trabalho com um amigo. Logo na entrada, um evento estava sendo organizado, então havia uma mesa com uma bandeja de croissants. De manhã, eu com fome, não resisti e, com uma cara lavada, perguntei para a menina que estava organizando...

- Eu tenho direito?

- Eita, tem que perguntar pra seu Pedro.


Encontrei "seu Pedro".

- Seu Pedro, a gente tem direito?


Aí ele nos deu duas canetas. Mas eu queria o croissant.

- Tá, mas a gente tem direito ao croissant?

- Tá bom, vão lá pegar...


Peguei e entrei na toda feliz, junto com o meu amigo. Na hora que a gente chega no corredor, vem vindo um dos chefões, daqueles meio carrancudos. Detalhe: a gente não podia estar comendo onde estávamos! Meu amigo, discretamente, escondeu o lanche. Eu, na tentativa de ser discreta, fiquei nervosa e, já toda suja de farelo de croissant, preferi dar uma de funcionária simpática. Quando ele passou, soltei com um sorriso no rosto:

- Bom diia!


Ele deu um sorrisinho.

Nessa exata hora, quando ele passava do lado da gente, minha bolsa enganchou na alça do extintor de incêncio gigantesco e derrubou o negócio com tudo. Foi um barulho estrondoso, o povo saindo das salas pra ver o que era, a recepcionista veio correndo, a outra gritou do outro lado "Estão derrubando a empresa!".

Agora estou eu com uma pancada na canela e a fama de desastrada.

Realmente, esse negócio de ser discreta não é pra mim. Definitivamente.

Mico de Carnaval


Essa coisa de trabalhar na televisão faz a gente pagar alguns micos. Estava revendo as minhas fotos e lembrei de um fato "ótimo" pra minha cara, que aconteceu por essas épocas carnavalescas, há 2 anos.

Um belo dia uma amiga produtora me veio louca pedir um favor. Iam participar do programa duas modelos, para fazer maquiagens de carnaval. Mas as pestes farraparam! Ela, claro, veio recorrer à minha pessoa. Eu sem maquiagem, vestido feio...

- Mila, por favor, o programa vai começar e eu to sem as meninas pra o maquiador fazer! Ju aceitou, ela vai participar também. Tu não precisa falar nada. Ele só vai ficar pintando e tu sentadinha, no cantinho...


Eu aceitei, neh?! Fazer o quê!

Corro eu pro estúdio e sento lá no canto. O maquiador me disse logo:

- Como tu tais sem make, vou fazer uma pintura no teu rosto todo, visse?! Vai ficar linda!


Ok! Já não tinha mais como fugir. O programa começou e toda vez que a apresentadora se aproximava meu coração disparava de vergonha.

Pronto! Acabou a maquiagem. Eu estava com uma borboleta pintada na cara! Me botaram sentada no meio do estúdio, tendo que dar aquele risinho pra câmera o resto do programa. Parecia que não acabava nunca. Até que chega a hora em que a apresentadora tem a maravilhosa ideia de pedir para nós "modelos" levantarmos para DESFILAR as maquiagens. Sabe quando você emperra?! Pois emperrei e não consegui dar um passo. Ela foi e chamou: "Vem pra cá". Meu risinho já nem dava mais vencimento!

O programa tava chegando ao fim, eu louca com aquele mico, me sentindo a própria participante do"Qual é a música?"!

Uma banda de frevo começou a tocar. Eu, tentando ser discreta, fui andando pra trás. Eis que uma mão pega na minha cintura e me faz puxar um trenzinho. EU, PUXANDO UM TRENZINHO PARA TODO O ESTADO, COM UMA BORBOLETA PINTADA NO ROSTO.

Eu mereço?

Abaixo, a foto. Preciso dizer mais alguma coisa?



Mancada na bocada


Eu tenho dessas coisas de falar sem pensar. Sou super impulsiva! Por conta disso, acabo falando besteiras onde e quando não deveria falar...

Estava eu produzindo um flash de carnaval. A gravação era numa comunidade um tanto barra pesada, no Pina. No meio do trabalho, o meu celular toca. Como havia um maracatu enorme, saí de onde estava e entrei num local perto onde havia uma sinuca, para ouvir melhor. Neste lugar, alguns homens - da comunidade! - conversavam e jogavam.

Eu atendi e falei ao telefone tão alto como falaria se ainda estivesse no meio da zuada do maracatu...

- Tais onde?

- Menino, to numa bocada danada aqui no Pina.

(ops!)

Percebendo que falei besteira onde não devia, consegui piorar a situação, falando ao telefone no mesmo tom de voz:

- Falei merda!

Realmente, falei merda e sai dali sem nem olhar pro lado.

Lugar de catota é no carro

É incrível como as pessoas têm mania de tirar catota no carro. Vocês já perceberam? Pare em um sinal e olhe os motoristas ao seu redor. Tem sempre pelo menos um tirando catota, enquanto espera aqueles contadores regressivos saírem do vermelho e dar sinal livre. Aí o condutor joga a catotinha fora, passa a marcha e dá partida. Não tem banheiro que barre!

Dormindo no ônibus

Passear de ônibus é quase um sonífero pra mim. E não falo dos geladinhos opcionais não. Falo do coletivo lotado, calorento, da cadeira dura. E se o passeio for em horário de pico, tipo às 18h, no engarrafamento da Domingos Ferreira, aí tá feito: durmo, sonho, babo...


Ontem foi um desses dias. Voltava pra casa esse horário e, chegando ali na altura do Pina, comecei minha maratona de cochilos. O engraçado é que eu não quebro o pescoço. Sim, porque eu estava com a cabeça solta, não estava nem encostada na janela. Minha cabeça dá rodopios, vai pra um lado, pro outro, frente, trás. E eu não acordo! Sei disso porque nas voltas da faculdade minhas amigas queridas companheiras de viagem já me diziam: "não sei como tu não acorda. Devia, pelo menos, ficar com uma torcicolo".


O que me deixa constrangida é que, se minha cabeça ficar encostada atrás, a boca aberta é inevitável. Aí estou eu lá no meu sono bom, até que chega perto da minha parada e eu acordo - Isso é impressionante também, porque meu organismo conhece a minha linha de chegada. Tenha trânsito ou não, acordo sempre uma parada antes da minha. - Então vou, aos poucos, observando as pessoas ao meu redor. O ônibus lotado, um monte de gente em pé e... olhando pra mim. Aí me dou conta que estou com a boca aberta, com uma cara de lesa, olho de peixe-morto.


Aí me levanto, puxo a cordinha e vou em direção à porta, na certeza de que aquele foi só mais um momento que ainda se repetirá por muitas e muitas viagens.

Dialogue

Estava me lembrando de uma história bem interessante, de garra e superação, que aconteceu com uma pessoa muito próxima. É um exemplo de que, com força de vontade, a gente pode conseguir boas amizades e ótimas conversas - pelo menos para contar aos outros...



Cenário: Uma casa à beira-mar, na praia dos Carneiros.

Personagens: Um neozelandês e um brasileiro tentando se comunicar.


Era noite. Os dois personagens estavam juntos, sentados em um banco, admirando a praia, o mar, e céu, as estrelas... O brasileiro começou a ficar incomodado com aquele silêncio, mas não sabia falar bem inglês para iniciar uma conversa. Então, para pelo menos quebrar o clima, falou:


- Very.. very, very, very stars!

O neozelandês deu um sorrisinho: - Yeah


O silêncio continuou. Passou mais um tempo e ele, o brasileiro, ainda sem jeito com a falta de diálogo, soltou essa:

- The ocean... is... Big!

A reação do neozelandês, ao contrário da resposta anterior, foi mais longa e o brasileiro percebeu que não podia acompanhar a conversa que havia iniciado. Manteve o sorriso no rosto, ficou balançando a cabeça em sinal de acordo, até que a conversa acabou e os dois voltaram para casa.

Ao nos contar a história, ele falou: "É, valeu a experiência!"

É... valeu!

Dialogue

Estava me lembrando de uma história bem interessante, de garra e superação, que aconteceu com uma pessoa muito próxima. É um exemplo de que, com força de vontade, a gente pode conseguir boas amizades e ótimas conversas - pelo menos para contar aos outros...

"Essa droga é ótima!"

Passeio de segunda: endoscopia!
Como não dá pra fazer esse exame só, claro, minha mãe foi me acompanhando.
Eu já havia feito uma endoscopia há alguns anos e lembrava que a sensação, embora muitos digam que não, é até gostosa. A sonolência, a tonturinha, o sono bom de depois. Eu lembro que fiquei completamente grog, falando nada com nada.
Desta vez não podia ser diferente. E, como a pessoa faz coisas inusitadas quando está sob efeito de drogas, eu também fiz.
Não estou lembrada de tudo agora, mas duas coisas me vêm à mente...
Assim que acabou o exame, quando me dirigia, apoiada na minha mãe, para a sala de repouso, soltei o braço dela e dei aqueeele abraço no médico. Não me perguntem o porquê. Ele é maravilhoso, super atencioso, cuidadoso, conversador... Deve ter sido gratidão, né?! Sei lá...
Então, depois de longos minutos de sono na sala de repouso - com a boca aberta, diga-se de passagem - disse a minha mãe que dava pra gente ir, que ela precisava ir ao trabalho e a gente estava ocupando lugar de outros pacientes. Antes de sair, já na sala de espera, enquanto ela foi pegar algum documento, eu deitei minha cabeça na mesa da atendente. Aliás, não podia ver uma parede que eu me debruçava. Até que levantei, na recepção já cheia de outros que esparavam para passar pelo mesmo exame, e soltei, com voz lenta, fazendo esforço para falar:

"Mãe... pergunta.. pergunta ao médico que droga é essa..."
(...)
"Essa droga é ótima, né?!"
(risos)
Minha mãe deu um sorriso amarelo. Ela deve ter ficado com muita, mas muita vergonha...

Passatempo de jornal. Sem decepção!


Pegar o caderno de Classificados de um jornal, num dia de domingo especialmente, pode ser um passatempo interessante. Falo principalmente da página reservada aos anúncios de "acompanhantes". Aquilo daria um estudo - e já deve ter dado para alguém - sobre a publicidade feita pelas moçoilas e pelos rapazes que oferecem seus serviços nas páginas do periódico.


Há desde os anúncios nos quais os ofertantes somente exaltam suas qualidades, até verdadeiras propagandas, com direito a sites, fotos e tudo mais. Pra conferir a mercadoria e não levar um susto mais tarde...


Há as que fazem comparações, para ficar mais fácil pro leitor visualizar a figura. Exemplo: "ADIVANIA, loira estilo Vera Fisher". (em que sentido será?)

Tem anúncios que prometem. Tipo: "Mulata toda boa frente e costas"; "Fulano, moreno alto, sem decepção"; "Lésbicas para você delirar de prazer".

Alguns até oferecem benefícios: "R$ 50 com táxi incluso", "R$150 massagem + sexo completo", "R$100 com local".

Ah! E algumas aceitam cartão, hein!? Cartão mesmo, pra passar na maquininha... ops!


Outros anúncios têm tantos detalhes que não cabem no quadradinho do classificado. Aí apelam pra abreviação. "loira mulata acess inv bg louc tot" (?)

Os nomes dos acompanhantes também são um caso à parte: Café com Leite, Aline Lothus, Adaça, Amora, Anjo do Prazer, Chocolate com Pimenta, Dara Taylor, para citar alguns.

Ah! E a idade é posta como um atributo importante a ser destacado, quando fica nos 18 e 19 anos. Mas se você crê no ditado "panela velha é que faz comida boa", então achou o anúncio que estava procurando.

"Ritinha a vovó nota 10. Você duvida?"



Eu não.

Fazendo as unhas


Eu não sou uma pessoa lá muito vaidosa, mas tem dia que dá até pena da gente. Sexta-feira acordei e deu dó do meu estado. Resolvi deixar a pirangagem de lado e fazer uma coisa que raramente faço: as unhas!




Fui ao salão. A manicure, uma fofa, Dorinha, foi quem cuidou das minhas unhas. Logo que sentei, antes de começar, veio a pergunta:

- Vai pintar de claro ou escuro?

Fico intrigada com isso. A pessoa nem começou o processo e já tem que responder a cor. Ainda mais eu que nunca faço as unhas. Fiquei na dúvida, mas já que estava lá e me sentia muito descuidada, resolvi:

- Escuro.

Aí veio a parte mais interessante: os nomes dos esmaltes! Bombom, Rosa Colombiana, Verão, Cyber, Love, flash dance, maçã do amor, desejo, affair, para citar alguns. Sem contar nos nomes próprios. Grande parte das mulheres tem esmaltes como "xarás": Dara, Brigitte, Vanda, Tamara, Miucha...

- Olha, tem esses aqui também: Doce Orgulho, Inveja boa, Santa Gula. Se você quiser pode misturar um Vermelho Ardente com Rubi - sugeriu a manicure.

Preferi ser mais comum e fiquei com duas mãos de Gabriela.

Foi um passeio demorado, porque Dorinha era super cuidadosa, mas interessante. Ela me contou grande parte da sua vida e eu conheci mais uma figura dessas que chegam sem querer no meio do seu dia. Tanto que antes de ir embora não me contive e dei um abraço bem dado nela.

Estou até achando que daqui pra frente minhas mãos vão ficar bonitinhas mais frenquentemente.