quarta-feira, 24 de março de 2010

Mera desatenção


Era uma terça-feira à tarde. Chicó estava com um pelo horroroso, grande, todo maltratado. Me deram, então, a "missão" de levá-lo para cortar o cabelo. Deixei ele lá e me alertaram que "lá pras quatro horas" eu fosse buscá-lo. "Mas dá uma ligadinha antes", me pediu a atendente.


Fiz uma horinha na casa da minha avó e, pontualmente às 16h, liguei para o pet shop. A atendente me garantiu que Chicó estava pronto, então corri para pegar ele - quanto menos tempo deixar o bichinho naquelas gaiolinhas, melhor, neh!? Aquilo é horrível, coitado.


Quando cheguei, desci para pegar. Só que o tosador ainda estava secando. Ele estava LINDO! Fiquei do lado de fora, olhando e babando como o caozinho estava tããão fofo. Do vidro, comecei um "diálogo" com Chicó - com direito a caras e bocas!


- Tais tão fofo, nêgo. Coisa linda!


Ele me retribuía com aquela carinha que cachorro faz quando está tentando entender alguma coisa - ou quando acha que o dono está fazendo papel de ridículo.


O tosador percebeu minha presença do outro lado do vidro. Deu uma olhadinha de relance e continuou a secar o cachorro. Até que, de repente, uma mão, do lado de dentro, bate no vidro. Um outro tosador chama a minha atenção e diz, com um leve sorriso no rosto:


- Ei... Esse aí não é Chicó não! Chicó está pronto, pode entrar pra pegar ele ali.

(vergonha)

- É o sósia, né?! (sim, ainda fui obrigada a escutar isso!)

Peguei Chicó. Olhei para o outro cachorro, olhei pra ele - até ter certeza de que era o cachorro certo - e saí dali o mais rápido que pude.


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