quarta-feira, 24 de março de 2010

"Essa droga é ótima!"

Passeio de segunda: endoscopia!
Como não dá pra fazer esse exame só, claro, minha mãe foi me acompanhando.
Eu já havia feito uma endoscopia há alguns anos e lembrava que a sensação, embora muitos digam que não, é até gostosa. A sonolência, a tonturinha, o sono bom de depois. Eu lembro que fiquei completamente grog, falando nada com nada.
Desta vez não podia ser diferente. E, como a pessoa faz coisas inusitadas quando está sob efeito de drogas, eu também fiz.
Não estou lembrada de tudo agora, mas duas coisas me vêm à mente...
Assim que acabou o exame, quando me dirigia, apoiada na minha mãe, para a sala de repouso, soltei o braço dela e dei aqueeele abraço no médico. Não me perguntem o porquê. Ele é maravilhoso, super atencioso, cuidadoso, conversador... Deve ter sido gratidão, né?! Sei lá...
Então, depois de longos minutos de sono na sala de repouso - com a boca aberta, diga-se de passagem - disse a minha mãe que dava pra gente ir, que ela precisava ir ao trabalho e a gente estava ocupando lugar de outros pacientes. Antes de sair, já na sala de espera, enquanto ela foi pegar algum documento, eu deitei minha cabeça na mesa da atendente. Aliás, não podia ver uma parede que eu me debruçava. Até que levantei, na recepção já cheia de outros que esparavam para passar pelo mesmo exame, e soltei, com voz lenta, fazendo esforço para falar:

"Mãe... pergunta.. pergunta ao médico que droga é essa..."
(...)
"Essa droga é ótima, né?!"
(risos)
Minha mãe deu um sorriso amarelo. Ela deve ter ficado com muita, mas muita vergonha...

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