sexta-feira, 22 de março de 2013

Família, família!

Esse final de semana me fez muito bem (mesmo tendo voltado para casa doente). Ganhei o "triste" presente de ir a São Paulo comemorar os 60 anos de casados dos meus avós. Bodas de diamante! Um casamento surpresa! Sim, estávamos todos lá, filhos, netos e agregados, frutos de tanto tempo de amor, paciência, lealdade, respeito, alegria. Tia Linda, ops, tia Lígia, foi a grande organizadora de tudo. Quanto amor!

A celebração foi linda, eles não suspeitaram nenhum segundo sequer. A igreja era perfeita, os convidados do coração, minha avó estava radiante e meu avô deixou a emoção de costume aflorar. Aliás, todos deixamos. Não tinha como, era felicidade demais!

Mas o que quero mesmo falar aqui é da minha família e do quanto me deixou feliz estar com todos nesse último final de semana, mesmo que por tão pouquinho tempo.

Quando crianças, nós, primos, éramos bem colados. Quase todas as férias estávamos juntos, aqui em Recife ou lá em São Paulo, no frio ou no calor. Ou em João Pessoa, ou nos EUA, realizando o sonho da Disney. Aproveitamos muito, muito. Chegou a adolescência e os encontros já não foram mais tão frequentes, mas ainda assim cheios de histórias pra contar. Agora, na adultice, com todos trabalhando, tendo férias em épocas diferentes, tudo ficou mais difícil. Esse ano tivemos sorte, já foi a segunda vez que estivemos juntos.

E o que me deixou feliz nesse último encontro foi perceber que, apesar da distância REC-SAO, da falta de comunicação, de termos tanto a dividir, mas sabermos tão pouco da vida um do outro, ainda assim a gente se conhece muito bem. A alegria de estar junto, para mim, é a mesma, o coração vai enchendo de felicidade cada vez que vejo um rostinho dessa família linda que Deus me deu. Aliás, Ele e meus avós do coração, que começaram toda essa história.

Marcelo, sempre palhaço e cheio de alegria. Tiago, bonitão e sério, com um coração cheio de amor e derretido feito manteiga. Marina, prima linda, mais caseira e que tem um humor incrível. Sofia, espevitada, festeira e cheia de carinho. E a prima caçula Bebel, linda como sempre, inteligente, educada e quietinha. Além, claro, das minhas irmãs que tanto amo, Cecília e Tainá, do pai "que insiste em não envelhecer", como disse tio Américo (desses é mais complicado de falar, é profundo demais), das tias lindas e dos avós.

Escrevo, hoje, para dizer que amo, cada um de vocês, do mesmo jeitinho, há 27 anos. Obrigada por fazerem parte da minha vida.

Tia Lígia, muitíssimo obrigada pelo presente e por ser tão você.
Vó e vô, obrigada pela família que vocês construíram com tanto amor. A gente deve tudo a vocês!


Ô família linda! Foto :: Alê Bigliazzi


Beijo no coração de cada um.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Que saudade!

Quando a gente casa, escuta um monte de conselhos e previsões. Na maioria, negativos. Eu costumo dizer que ainda não conheci esse lado ruim tão falado do casamento. A grande diferença, para mim, é sentir tudo muito mais intenso.


Como a saudade.


Durante o namoro, ele sempre viajou a trabalho. Algumas viagens até longas, de mais de um mês. A saudade, claro, sempre enorme, misturada à ansiedade de esperar o dia da volta. Essa semana surgiu mais uma dessas viagens. Dessa vez, depois de pouco mais de sete meses de convivência diária; de casamento!

E agora a saudade é outra. Porque os momentos são outros, a relação é outra.

A saudade não é só das conversas pelo telefone à noite e dos passeios nos fins de semana. A saudade é de ter ele ocupando a casa, tocando violão na varanda. É de lavar os pratos e se aventurar juntos na difícil arte de cozinhar. É a saudade de levar a toalha que ele sempre esquece. Dos beijos na hora de dormir e acordar. Do fim da tarde, quando ele chega com um sorriso gigante e com os braços abertos para o abraço depois do dia de trabalho. Do cochilo juntos no meio da novela. Da meditação em dupla e das crises de riso no meio da concentração. Desses e de tantos e tantos outros detalhes que fazem toda a diferença, que, para a gente, deixa tudo com muito mais sentido.

Uma saudade que aperta e se transforma em lágrima na hora de dormir. É uma saudade maior do que eu, mesmo sendo uma saudade de quatro dias.

Tá apertando, namorado. Volta logo que a nossa casa não tem a mesma graça sem tu.

sábado, 4 de agosto de 2012

À procura de um cooler

- Licença, boa tarde. Vocês têm cooler?


- Hã?! Culé? De que tamanho?

¬¬

A quadrilha de Tainá

- Vamos dançar quadrilha, Tainá!

- Êêêêê

- Anavantuu...

Tainá: - André Rieeeu...

=D

domingo, 29 de abril de 2012

E foi assim... um desmantelo!

Eu não pude chamar todo mundo que queria. Me estressei um bocado! A decoração era simples. O vestido não estava perfeito. Não cheguei na hora que queria. Dançamos a música errada. Fiquei horrorosa no primeiro minuto de festa. Não soube jogar o buquê.

E mesmo assim, não vejo como o dia de ontem ter sido mais perfeito. 
Para mim não houve erros.
Amei cada detalhe, cada minuto.

Obrigada a todo mundo que foi e construiu esse dia comigo com cada presente, com cada palavra, com muitos sorrisos e uma tuia de lágrimas. Não preguei o olho a noite inteira só para não perder um tempo de lembranças. 
Agora eu entendo o sentido de felicidade plena. Só pode ser isso que tenho aqui dentro.

Agora vou continuar esse novo filme que começa na minha vida.
Me deem licença que estou indo desmantelar nazoropa.



Com amor e muito orgulho,

Camila Sátiro Nóbrega Menelau.

Foto :: Marina Freitas

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Essa coisa de casar

Recife, 15 de abril de 2012, às 23h30, na minha casa (ou será "a casa da minha mãe"?)


"Próximo final de semana é o último que passo em casa".

É com esse pensamento que vou dormir. E é a partir dele que começa um filme na minha cabeça. Um filme tão longo que me tira o sono. E eu fico assistindo a ele em cada detalhe. Cada frame me traz uma lembrança boa, de 26 anos cheios de vida, de memórias.

Medo, ansiedade, saudade, alegria, nervosismo, apertinho no peito e um frio na barriga muito mais forte que qualquer queda de montanha-russa. Todas essas sensações vêm de uma vez quando assisto ao tal longa metragem. Já acompanhei amigas casando, outras já até são mães, já fui a inúmeras festas de casamento. Mas ninguém nunca me disse o quanto é complicado, prazeroso, angustiante, estressante, indescritível essa coisa de casar.

De repente sua vida se transforma em todos os detalhes. O maleiro, que antes guardava os diários repletos de segredos de escolas, provas, ex-namorados e antigas amizades, agora só tem espaço para objetos que são quase sementes de uma outra vida, que só está começando. Cada copo, toalha, cada presente ali guardado já tem uma história feliz que eu criei. Sim, porque imaginar a nova etapa é tarefa das mais corriqueiras na situação atual.

E a cada imaginação o danado do monstrinho habitante da minha barriga começa a rodopiar. Maldita ansiedade! Não tem floral que segure. O jeito é tentar acalmar a fera e adormecer junto com ela...

Com a certeza de que outro filme da minha vida vai ocupar a tela dos meus sonhos.

=P

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dormindo no ônibus

(Imagens: Internet)

Eu sou daquelas que tira o maior cochilo no ônibus. Aliás, cochilo não. Eu durmo mesmo! Sonho e tudo mais. Durmo até de boca aberta e já até acordei com a cabeça encostada no ombro de uma senhora gordinha.

Essa semana, depois de uma manhã cansativa de trabalho, peguei um "geladinho" para voltar pra casa. Me acomodei como de costume, fiquei um pouco virada pro lado da janela e, pouco tempo depois, já estava no maior sono. Tinha um homem sentado do meu lado. Até que certo momento acordo eu batendo a cabeça na janela. PLOFT!
Bati mesmo, acordei no susto.
Nessas horas você tenta disfarçar, faz carão, finge que não foi com você e tá tudo certo.

Nem sempre.

Dessa vez tentei fazer tudo isso, mas morguei logo quando percebi, pela minha visão periférica, que o senhor ao lado virou o rosto pro outro lado e deu aquela risadinha.
Aí foi melhor voltar a olhar novamente pro lado da janela e esperar chegar a parada pra descer correndo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Lá no Cais de Santa Rita...

(Imagens: Internet)

Mais uma vez, como de costume, fui pegar meu busão no Cais de Santa Rita. Sentei ao lado de um senhor simples, com cara de matuto arrumado, daqueles que usam uma calça social, blusa de botão por dentro, um cinto de couro e um chapéu preto. Logo vi que se tratava de uma pessoa bem conservadora. Foi só eu sentar que ele começou a soltar seu lamento.

- Olhe, minha filha, eu acabei de ver uma coisa aqui horrorosa. Coisa do satanás mesmo! Eu to aqui com um embrulho no estômago.
- Mas o que foi que aconteceu?
- Duas meninas, assim bonitinhas, como você, novinhas. Elas estavam aqui, minha filha, do meu lado. Pois num é que começaram a dar as mãos, se abraçar... Eu fui achando estranho aquilo. Pois, minha filha, essas meninas estavam namorado! Olhe, num sei onde vai parar o mundo não. É por isso que tá tudo desarrumado, filho matando pai. É o satanás entrando na vida das pessoas! Num deixe isso acontecer com você não. É coisa do demo, quem já se viu?! Duas meninas, rapaz... tsc tsc tsc.

Nessa hora meu ônibus foi entrando no terminal. Ainda bem, porque diante de uma situação dessas eu realmente não sabia o que dizer. Soltei um "é assim mesmo" e me despedi.
=?


domingo, 22 de janeiro de 2012

E eu que nunca fui de gastar...


Engraçado como um simples "sim" diante de um pedido de casamento pode transformar o comportamento de uma pessoa. Essa semana aconteceu uma coisa que me fez entender o que é estar entrando numa vida adulta, com maiores responsabilidades financeiras.




Eu nunca tive cartão de crédito, sempre abominei essa coisa de gastar horrores, sem planejamento. Enfim, me considero uma pessoa econômica e bem centrada financeiramente. No fim do ano passado resolvi fazer um cartão, já que os gastos estão cada vez maiores.

Há dois dias fiz uma compra - barata - pela internet e eis que me chega um e-mail dizendo que a mesma fora recusada. COMO?!?!?! Liguei já puta da vida, pois paguei a fatura desse mês bem antes do vencimento. A atendente me informou que meu limite ainda não tinha sido restabelecido. Fiz todo um drama dizendo que precisava do cartão, que estava passando vergonha com minhas compras sendo recusadas. Me passaram para outro setor, que iria resolver meu problema. Eu estava mais "encaralhada" ainda! Quando a nova atendente atendeu, eu estava soltando "fogo pelas ventas".

- Olhe, eu PRECISO desse cartão, não tenho mais dinheiro esse mês, paguei minha fatura em dia e vocês me deixam sem crédito! 
- Só um minuto, senhora. Vou analisar novamente de forma mais detalhada para ver o que está acontecendo.

(...)

- Er... senhora... é que o seu limite do próximo mês já foi atingido.
- Hã?! (desesperada).
Murchando, pedi:
- Você pode me dizer, por favor, que compras são essas?

Aí caiu a ficha e a realidade bateu à porta:
- Toalhas, lixeira, jogos de lençol...
- Ah, tá... brigada.
- A senhora deseja aumentar seu limite?

Er... melhor não.
=P

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dele para mim.

E ele me mostra bem assim, no fim de uma sexta-feira, para deixar a noite ainda mais bonita.

"Minha linda,
Já pus a mesa e o jantar ja tá no ponto
Usei o brilho dos teus olhos como guia
E a certeza de te amar me deixou pronto.

Para um momento que jamais esqueceria
Seguindo os trilhos desde o primeiro encontro
Silentemente, visuais, fotografias.

A noite é linda, com amigos abraçados
E mais ainda se te vejo ao meu lado.
Nossa vida, alegria refletindo, 
Abrindo no céu outra estrada.
Acredito que encontrei o meu destino
Nos braços de uma moça amostrada."